Audiência pública discute futuro da Pedra do Xangô na próxima semana

Crédito da Foto: Reprodução/Instagram (@pedra.de.xango)

A preservação dos sítios naturais sagrados de Salvador será debatida na próxima terça-feira (13/8), das 13h às 18h, durante audiência pública no auditório da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia – Uffba, com destaque para a apresentação do projeto do “Parque em Rede Pedra do Xangô e Área de Proteção Ambiental (APA) municipal: o parque que queremos”.

O projeto foi um dos dez selecionados em chamada pública realizada com recursos provenientes de uma ação compensatória prevista em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), proposto pelo Ministério Público estadual (MP-BA), por meio da Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo de Salvador.

Segundo informações do MP-BA, o tema e as peculiaridades do projeto serão abordados pelas promotoras Hortênsia Pinho, com atuação em Habitação em Urbanismo; Lívia Vaz, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis), pelo promotor de Justiça Edvaldo Vivas, coordenador do Núcleo de Defesa do Patrimônio, Artístico e Cultural (Nudephac) e a advogada e mestre em Arquitetura e Urbanismo Maria Alice Pereira da Silva, coordenadora técnica do projeto. 

Convocada pela “Associação Casa dos Olhos do Tempo que Fala da Nação Angolão Paquetam Malembá”, responsável pelo projeto, a audiência contará, ainda, com a participação de representantes da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), Fundação Mário Leal Ferreira, Casa Civil do Município de Salvador, Secretaria Municipal da Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis), Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Fundação Gregório de Mattos (FGM), Companhia Bahia de Pesquisa Mineral (CBPM) e da Secretaria do Meio Ambiente (Sema). 

PEDRA DE XANGÔ

Localizada em Cajazeiras 10, em Salvador, o monumento da Pedra de Xangô foi tombado pelo município, em 2017, por ser “elemento de resistência cultural e aglutinador da teia de terreiros do conjunto de bairros de Cajazeiras”. O tombamento foi solicitado pela Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro-Ameríndia (AFA), Associação Pássaros das Águas e Câmara Municipal de Salvador.

Além disso, desde 2016, com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador (PDDU), a região de 17 hectares onde fica a Pedra de Xangô foi oficializada como Área de Proteção Ambiental (APA). 

(Aratu online)

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