A Bahia ficou atrás de outros estados no mais recente levantamento da pesquisa Munic, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo os dados divulgados, o estado está abaixo da média nacional em coleta seletiva e políticas de educação ambiental.
De acordo com o estudo, apenas 37,2% dos municípios baianos oferecem serviços de coleta seletiva, o que equivale a 155 cidades. O índice coloca a Bahia na parte inferior do ranking nacional, muito distante de estados como Paraná, Espírito Santo e São Paulo, que possuem mais de 85% de seus municípios com esse tipo de serviço.
Os dois únicos municípios baianos destacados como exemplos positivos foram Cruz das Almas e Feira de Santana, que superaram as metas previstas no estudo. No entanto, eles representam menos de 1% dos 417 municípios do estado.
Educação ambiental também é deficitária
Outro aspecto crítico é a ausência de políticas específicas para a educação ambiental na Bahia. Apenas 11,3% dos municípios baianos implementaram iniciativas municipais voltadas para conscientização e formação de uma sociedade mais sustentável, um percentual também inferior à média nacional.
A falta de coleta seletiva e de ações educativas traz consequências graves, como o aumento do lixo descartado em lixões, a poluição do solo e dos recursos hídricos, além de perdas econômicas por falta de aproveitamento de materiais recicláveis.
Desafios para o futuro
Embora a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabeleça diretrizes claras para a implementação da coleta seletiva em todo o país, a Bahia segue distante das metas, exigindo maior comprometimento dos gestores públicos. Especialistas apontam que ações conjuntas entre municípios, governo estadual e sociedade civil são necessárias para reverter o cenário e fomentar uma economia sustentável, gerando empregos e promovendo a proteção ambiental.