Bahia tem maior número de pessoas subutilizadas do país, diz IBGE

Foto: Divulgação

A Bahia tem o maior número de população subutilizada, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE, nesta quinta-feira (16). No estado, são 3,3 milhões de pessoas nesta condição. O grupo de subutilizados reúne os desocupados, os subocupados com menos de 40 horas semanais e uma parcela de pessoas disponíveis para trabalhar, mas que não conseguem procurar emprego por motivos diversos. 

Atrás da Bahia, ficaram os estados de Minas Gerais, com 2,9 milhões de subutilizados e Rio de Janeiro, com 1,8 milhão.

No primeiro trimestre de 2019, a taxa de subutilização do país foi de 25%, o que representa 28,3 milhões de pessoas, a maior da série iniciada em 2012.

As menores taxas de subutilização foram observadas em Santa Catarina (12,1%), Rio Grande do Sul (15,5%), Mato Grosso (16,5%), e Paraná (17,6%). Porém, com exceção do Rio Grande do Sul, em todos os outros as taxas foram as mais altas da série histórica.

“O que chama atenção é o perfil de dispersão generalizada da subutilização, que é recorde em todas as regiões”, explica o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

Taxa de desemprego
De acordo com o IBGE, a taxa nacional de desocupação foi de 12,7% no primeiro trimestre. Entre as unidades da federação, o Amapá registrou a maior taxa, 20,2%, seguido pela Bahia, com 18,3%. As 14 taxas acima do indicador nacional estão distribuídas entre o Norte e o Nordeste, além do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.

A população desalentada, aquela que desistiu de procurar emprego, chegou a 4,8 milhões e também bateu recorde no primeiro trimestre. Desse total, 60,4% (2,9 milhões) estavam concentrados no Nordeste. 

A taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação também foi recorde no Norte (20,7%), Nordeste (26,4%), Sudeste (18,1%) e Centro-Oeste (15,1%). As maiores taxas estaduais estavam na Bahia (31,1%), Amapá (30,7%), Piauí (30,5%), Sergipe (28,5%) e Maranhão (25,7%). “Observamos mais uma vez o Nordeste concentrando a maior parte das taxas, o que compõe um quadro desfavorável para a região”, comenta Cimar. (Correio)

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