Em um dia marcado pela volatilidade no mercado financeiro, o dólar comercial fechou em queda nesta quarta-feira (6), cotado a R$ 5,674, recuando R$ 0,072 (-1,26%).

No início da sessão, a moeda americana chegou a ser negociada a R$ 5,85, reflexo imediato da confirmação da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.

Contudo, o movimento de alta foi revertido ao longo do dia, com o dólar atingindo sua mínima de R$ 5,66 por volta das 15h15, fechando no menor patamar desde 24 de outubro.

O euro comercial também registrou forte queda, encerrando o dia em R$ 6,092, com uma desvalorização de 3%. Mesmo com a queda recente, o dólar acumula alta de 4,16% desde o início de outubro e um aumento de 16,92% ao longo de 2024.

Instabilidade e Correções nas Cotações

A queda do dólar foi acompanhada por um erro no sistema de buscas do Google, que, durante a manhã, indicou valores incorretos para a moeda americana, chegando a mostrar cotação de até R$ 6,14. No início da tarde, o Google desativou o mecanismo de exibição das cotações do real, o que trouxe mais instabilidade para o mercado no momento.

Ibovespa Fecha em Leve Baixa

No mercado de ações, o índice Ibovespa, principal indicador da B3, teve um dia de instabilidade. Após iniciar em forte queda e atingir uma desvalorização de 1,4% por volta das 11h30, o índice se recuperou ao longo da tarde, encerrando a sessão com uma queda leve de 0,29%, aos 130.296 pontos.

Fatores Internos e Externos Impactam o Mercado

A reeleição de Donald Trump provocou ajustes nos mercados, com investidores desmontando posições contra o real e outras moedas da América Latina. Internamente, o mercado financeiro segue aguardando o anúncio de um pacote de corte de gastos obrigatórios, previsto para os próximos dias, que pode influenciar as expectativas econômicas para o país.

Além disso, houve atenção especial para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que, após o fechamento do mercado, elevou a Taxa Selic para 11,25% ao ano, em linha com as previsões do mercado. A decisão reflete o esforço para controlar a inflação e ajustar as expectativas econômicas no cenário interno.