O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou estar “aliviado” com a delação de Ronnie Lessa à Polícia Federal (PF) sobre o assassinato de Marielle Franco. Segundo o ex-policial militar e réu confesso, Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ, foi um dos mandantes do crime que tirou a vida da vereadora e do motorista Anderson Gomes.
Para Bolsonaro, a delação encerra questionamentos sobre sua participação no caso Marielle: “Para mim, é um alívio. Bota um ponto final nessa história. Em 2019, tentaram me vincular ao caso e me apontar como mandante do crime. Teve o tal do porteiro tentando vincular a mim [Lessa e Bolsonaro moravam no mesmo condomínio, na Barra da Tijuca, no Rio]. Eu estava na Arábia na ocasião e fui massacrado”.
A coluna também abordou a atuação política da família Brazão. Em 2014, na última eleição antes de virar conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Brazão apoiou a reeleição de Dilma Rousseff. Em 2022, o irmão dele, deputado federal Chiquinho Brazão, fez campanha para Bolsonaro.
Fotos e vídeos dos respectivos apoios inundaram as redes sociais, nesta terça-feira (23/1), após as novas informações sobre o caso Marielle. Como mostrou a coluna, Domingos Brazão foi filiado ao MDB e atuava como um típico político do Centrão.
“Não é porque o Domingos Brazão apoiou a Dilma ou porque o irmão dele me apoiou que qualquer um de nós tem algo a ver com o caso. O fato é que, se tivesse uma foto do Brazão com o meu adesivo no peito, seria um estardalhaço”, opinou Bolsonaro. (Metrópoles)