O presidente Jair Bolsonaro (PL) começou o debate desta sexta-feira (28/10), na Rede Globo, prometendo aumentar o salário mínimo para R$ 1.400. O embate com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o último antes do segundo turno das eleições, marcado para o próximo domingo (30/10).
Logo após a promessa, o petista questionou seu adversário. “Por que não aumentou o salário mínimo acima da inflação nos quatro anos do seu governo?”, perguntou Lula.
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado pelo governo federal e aprovado pelo Congresso Nacional, porém, prevê salário mínimo de R$ 1.302 para 2023. Atualmente, o valor é de R$ 1.212.
Depois do fim do debate, Bolsonaro foi entrevistado pela âncora Renata Lo Prete, que questionou sobre a promessa feita. “Nós arrumamos a economia lá de trás, atravessamos uma pandemia. Não podíamos dar reajuste além da inflação. Não deixamos de não dar o aumento. As contas estão arrumadas. A previsão de orçamento de 7,5 passa para 5,5. Sobra mais recursos agora para isso”, explicou o presidente.
“Juntamente com o Parlamento, assim como temos arranjado recursos para outras coisas, esse nosso desejo será atendido. Salário mínimo de R$ 1.400 a partir do ano que vem”, reforçou.
O embate na Rede Globo terá cinco blocos. O primeiro e o terceiro são de temática livre, com 30 minutos de duração. Cada candidato terá 15 minutos para administrar em perguntas, respostas, réplicas e tréplicas. O segundo e o quarto bloco terão 20 minutos de duração cada, em duas rodadas de dez minutos.
As perguntas serão feitas a partir de temas determinados e cada presidenciável tem cinco minutos por rodada para responder. Por fim, o último bloco tem um minuto e meio para as considerações finais de cada candidato.
Três pessoas poderão acompanhar os presidenciáveis dentro do estúdio. Bolsonaro escolheu o ex-juiz e senador eleito pelo Paraná, Sérgio Moro (União Brasil); o coordenador de sua campanha, Fabio Wajngarten e o ministro das Comunicações, Fábio Faria.