O caso da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e o motorista Anderson Gomes ganhou as manchetes mais uma vez. Desde que começou a circular a notícia da possível delação do ex-PM Ronnie Lessa, o assunto explodiu. O motivo: a elucidação estaria próxima, inclusive com o nome do mandante.
Ronnie Lessa, ex-sargento, é acusado de ser o autor dos disparos contra o carro em que estava Marielle Franco. A delação, no entanto, esbarra ainda na validação por parte do Superior Tribunal de Justiça. Pelo fato de estar no STJ, presume-se que o mandante investigado teria foro privilegiado, o que também levou a muitas especulações.
O nome do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, voltou à tona. Ele mesmo se manifestou sobre o assunto, afirmando o desejo de que se resolva logo o crime, para que ele e sua família voltem a “ter paz”.
Agora, de acordo com notícia publicada pelo jornal carioca “O Globo”, presume-se que o motivo esteja na disputa por terra na Zona Oeste do Rio. Marielle Franco teria sido assassinada por estar à frente de um grupo de pessoas de baixa renda. Ela passou a defender esse grupo, que ocupava os terrenos em disputa.
A vereadora queria que órgãos como o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio, além do Núcleo de Terra e Habitação e a Defensoria Pública do Rio intercedessem.
Do outro lado, o suposto mandante do crime trabalhava pela regularização de um condomínio inteiro no bairro, sem respeitar o critério de área de interesse social. Assim, a intenção seria obter o título de propriedade, mesmo fora do que mandam as regras para isso. O suposto mandante tinha renda acima do que é previsto para entrar nesse programa social.
No fim, o objetivo seria a pura e simples especulação imobiliária. (iBahia)