Uma das prioridades do executivo, a reforma tributária deve ser aprovada pelo Congresso Nacional, mas com um texto desidratado. A previsão é de líderes do Centrão. Segundo os caciques do bloco, a trajetória se assemelhará a das Propostas de Emendas à Constituição (PECs) mais polêmicas: começa com mudanças mais profundas nas comissões e vão sendo reduzidas até a aprovação em plenário da Câmara e do Senado.
As primeiras reuniões do grupo de trabalho da reforma tributária serão nesta terça-feira (28) e na quarta-feira (1º/3).
Pelo lado da base do presidente Lula, a negociação é para incluir o dispositivo chamado “cashback do povo”, que seria a devolução dos tributos à sociedade beneficiando os mais pobres, sobretudo os beneficiários do Bolsa Família. Coordenador do GT, o deputado Reginaldo Lopes (PT) defende essa medida.
“[A reforma] tem como prioridade mais mudanças estruturantes que terão impacto na taxa de juros a longo prazo, no controle da inflação, na desburocratização do sistema tributário, na modernização, no enfrentamento à sonegação. E também em um sistema mais progressivo, que possa fazer mais justiça tributária, em especial para aqueles que ganham menos, com o Bolsa Família”.
A proposta de reforma foi debatida nesta segunda (27) pelos líderes da Câmara com o presidente do colegiado e o relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Ainda nesta tarde outro encontro deve ocorrer com o secretário de Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernardo Appy, autor de uma das propostas de mudanças nos impostos que já tramitam no parlamento. Fonte: site Metrópoles