Colômbia rejeita advertência sobre ameaça militar à Venezuela

Chanceler colombiano Carlos Holmes Trujillo lê comunicado do Grupo de Lima, em Bogotá, Colômbia 25/2/2019 REUTERS/Luisa Gonzalez Foto: Reuters

A Colômbia rechaçou “enfaticamente” nesta terça-feira uma advertência da câmara alta do Parlamento da Rússia de que qualquer incursão militar na Venezuela seria considerada um ato de agressão e uma ameaça à paz internacional.

A Rússia se converteu em uma aliada firme do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em meio à crise política, econômica e social que a nação petroleira enfrenta, enquanto os Estados Unidos e outros países, inclusive a Colômbia, respaldam o líder opositor Juan Guaidó.

A Colômbia negou diversas vezes qualquer intenção de lançar uma ofensiva militar contra a Venezuela através da fronteira.

Em reação a uma carta da câmara alta do Parlamento russo, o ministro das Relações Exteriores colombiano, Carlos Holmes Trujillo, disse que qualquer apoio militar ao governo socialista de Maduro coloca em risco a transição para a democracia e ameaça a paz e a segurança regionais.

“A Colômbia reitera que qualquer mobilização ou incursão militar em apoio ao regime de Nicolás Maduro coloca em risco a transição democrática e a normalização constitucional na Venezuela, e constitui uma ameaça à paz, à segurança e à estabilidade na região”, informou uma declaração lida por Trujillo.

A chegada de dois aviões militares russos em março, com cerca de 100 efetivos das forças especiais e pessoal de cibersegurança, aumentou a preocupação com o apoio da Rússia a Maduro.

Guaidó invocou a Constituição para se declarar presidente interino em janeiro, argumentando que a reeleição de Maduro em 2018 foi ilegítima.

Reuters


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