Coordenadora diz que foi solicitada expulsão de aluno após acusação de racismo na UFRB

Foto : Reprodução/Twitter

A coordenadora do curso de História da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Luciana Brito, afirmou, em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã de hoje (11), que foi solicitada a expulsão do estudante que foi filmado em sala de aula se recusando a aceitar receber uma avaliação das mãos de uma professora negra (veja aqui). Também foi registrada uma queixa contra ele na Polícia Civil. 

O caso gravado na noite de segunda-feira (9) ganhou repercussão após um vídeo ser publicado nas redes sociais. Ao Metro1, a professora envolvida, Isabel Reis, declarou que a situação foi “absurda e insustentável”. Estudantes e professoras ainda relatam que o estudante já tinha histórico de posicionamentos racistas, machistas e homofóbicos.

“Embora tenham sido recorrentes, foi a primeira vez que tivemos vídeo e chamado a instituições da universidade. Insistíamos aos estudantes que a denúncia fosse formalizada.

Na segunda-feira, tivemos subsídio para pedir a expulsão do estudante da universidade, mas esse é processo lento, mas já foi aberto inquérito. Ele foi retirado da residencia estudantil e não mora mais lá”, disse Luciana. 

Ela cita ainda outro caso de um vídeo que circulou ontem (10) nas redes sociais envolvendo um estudante que sofreu ataques homofóbicos na residência universitária, onde o aluno acusado de racismo não vive mais desde ontem. 

De acordo com a coordenadora, a universidade busca dar apoio aos estudantes envolvidos e inclusive oferece atendimento psicológico.

Uma nota do Movimento Negro Unificado (MNU) no Recôncavo baiano sobre o caso, além repudiar atos de racismo, machismo e homofobia, cita ainda um episódio de maus tratos a animais, em que ele teria assassinado um gato na residência universitária Casa de Estudantes Ademir Fernando de Senna Gonçalves, em São Félix, onde ele residia antes. 

O movimento afirma também que a universidade teria apresentado “negligência”. Eles dizem que a expulsão do estudante foi feita pelos próprios alunos e que a universidade só fez o realocar em outra residência, a Casa de Estudantes Maria do Paraguaçu, onde ele estava até ontem (10). 

(Metro1)

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