O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nesta quarta-feira (19), a elevação da taxa básica de juros da economia de 13,25% para 14,25%. O novo percentual representa o maior nível desde a crise econômica de 2015 e 2016, durante o governo Dilma Rousseff.
A Selic serve como referência para os juros cobrados em empréstimos e financiamentos, tornando o crédito mais caro sempre que há um aumento. Essa foi a quinta alta consecutiva promovida pelo Copom.
Em comunicado, o comitê indicou que uma nova elevação deve ocorrer na próxima reunião, mas em menor intensidade, possivelmente de um ponto percentual.
O Banco Central justificou a medida citando fatores que pressionam a inflação, como:
- Crescimento da economia, com atividade acima do esperado;
- Aquecimento do mercado de trabalho, aumentando o consumo;
- Alta nos gastos públicos, que impactam os preços;
- Cenário externo desfavorável, que influencia a cotação do dólar.
O objetivo da política de juros elevados é conter a inflação e alinhar as projeções à meta anual de 3%. Caso os preços continuem subindo além do esperado, o Copom pode manter a Selic alta por mais tempo.