O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), disse que a comissão pode até mandar um representante aos Estados Unidos para ouvir Arthur Weintraub, ex-assessor especial do governo Jair Bolsonaro, caso ele coloque empecilhos para vir ao Brasil depor. A informação é da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a publicação, o colegiado também deverá votar na próxima terça-feira (8) requerimento para convocar o médico Luciano Azevedo a prestar depoimento.
Conforme a própria Folha revelou nesta quinta (3), Weintraub estimou em cerca de 300 o número de pessoas que aconselharam Jair Bolsonaro sobre o uso da hidroxicloroquina.
Irmão do ex-ministro Abraham Weintraub (Educação), Arthur é apontado como o idealizador do “gabinete paralelo”, investigado pela CPI como um grupo de aconselhamento paralelo ao Ministério da Saúde na definição de ações de combate à Covid.
A convocação de Arthur já foi aprovada pela comissão, mas a data não foi definida porque o ex-assessor mora nos Estados Unidos. Ele foi indicado a um cargo na OEA (Organização dos Estados Americanos) pelo governo Bolsonaro.
Detalhes da concepção e funcionamento desta estrutura, à margem do Ministério da Saúde, são descritos em duas lives realizadas entre Weintraub e o anestesista Luciano Dias Azevedo, um dos médicos mais influentes entre defensores do chamado “tratamento precoce” contra a Covid. (bahia.ba)