A delegada da Polícia Civil, Maria Selma Pereira Lima teve a perda da função pública decretada pela Justiça, depois de ser condenada a 8 anos de prisão. A perda de função aconteceu pela delegada praticar crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso, denunciação caluniosa, usurpação de função pública e fraude processual.
De acordo com denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e do Ministério Público estadual, a delegada junto com outros três homens estariam envolvidos em esquema criminoso de furtos, roubos e clonagem de veículos. A quadrilha foi alvo da “Operação Dublê”.
Segundo apurações do Gaeco, Maria Selma utilizava vantagens do cargo e da influência que exercia na Polícia Civil, para garantir a impunidade do grupo criminoso e facilitar a execução dos crimes.
Em uma dessas práticas, a acusada falsificou documentos de terceiros para permitir a devolução ilegal de um carro clonado apreendido pela Polícia com membros da quadrilha. Além disso, a delegada teria colocado uma pessoa ligada ao grupo criminoso no ambiente da Polícia, que acompanhou a suspeita, como se fosse policial, com armas nas ações de favorecimento ao grupo criminoso.
A Justiça condenou junto com Maria Selma, Pedro Ivan Matos Damasceno a 15 anos e dois meses de prisão, pelos crimes de furto, corrupção ativa, denunciação caluniosa, posse ilegal de arma de fogo, falsificação de documento público, falsidade ideológica e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Cláudio Marcelo Veloso Silva também foi condenado a prestação de serviços à comunidade e limitação de final de semana, pelo crime de usurpação de função pública. (BN)