O custo da cesta básica subiu em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em 2024. As maiores altas acumuladas foram registradas em João Pessoa (11,91%), Natal (11,02%), São Paulo (10,55%) e Campo Grande (10,41%). Porto Alegre teve a menor variação, com aumento de 2,24%.
No período de novembro a dezembro, 16 capitais apresentaram aumento no custo dos alimentos básicos, lideradas por Natal (4,01%), Aracaju (3,90%) e Vitória (2,88%). Campo Grande foi a única cidade com queda (-0,27%).
Em dezembro de 2024, a cesta básica mais cara foi registrada em São Paulo (R$ 841,29), seguida por Florianópolis (R$ 809,46) e Porto Alegre (R$ 783,72). Já os menores valores foram encontrados em Aracaju (R$ 554,08), Salvador (R$ 583,89) e Recife (R$ 588,35), reflexo de uma cesta com menos itens no Norte e no Nordeste.
O DIEESE estimou que, para suprir as despesas básicas de uma família de quatro pessoas, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 7.067,68 em dezembro de 2024 — cerca de 5,01 vezes o valor oficial de R$ 1.412,00. O tempo médio necessário para adquirir a cesta básica foi de 109 horas e 23 minutos, comprometendo 53,75% do salário mínimo líquido.
A alta nos preços foi impulsionada por fatores como instabilidade climática, demanda externa elevada e a desvalorização do real frente ao dólar. Produtos como carne bovina, leite integral, arroz, café em pó, banana e óleo de soja subiram em todas as capitais.
Pão francês e manteiga também registraram alta na maioria das cidades. Por outro lado, itens como batata, feijão, farinha de mandioca e tomate apresentaram quedas em algumas localidades.