Docentes: governo fecha negociação com impacto de R$ 6,2 bi em 2 anos

Proifes foi entidade docente que assinou acordo, e Governo alega que chegou ao limite da negociação.

Foto: Reprodução

Após quase dois meses de greve e intensa negociação, o terceiro governo Lula (PT) repetiu o governo Dilma Rousseff (PT) e assinou, nesta segunda-feira (27/5), acordo com professores de universidades e institutos federais, com impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos.

O termo assinado prevê reajustes que variam de 13,3% a 31,2% entre 2025 e 2026, últimos anos do atual governo, mas nenhum percentual para 2024.

O acordo foi assinado pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), entidade que vem assinando acordos para o magistério superior e técnico — o último deles em 2012, na primeira gestão Dilma.

Mesmo considerando que alguns pleitos não foram atendidos (como o de reajuste em 2024), a Proifes reconheceu que a proposta continha importantes avanços para a carreira e que ela deveria ser defendida.

As demais instituições que não assinaram o acordo, incluindo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), terão mais prazo para levarem novamente a proposta às suas bases e poderão assinar o acordo posteriormente, segundo o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).

O secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, que é o principal negociador do governo, ressaltou que o governo foi até o limite da negociação.

Além do acordo firmado para os anos de 2025 e 2026, o governo concedeu reajuste linear de 9% em 2023, com impacto financeiro também em 2024.

O aumento para o conjunto do funcionalismo foi assinado em maio do ano passado e teve por objetivo fazer um gesto aos servidores públicos e compensar parte das perdas acumuladas nos últimos anos, dos governos Jair Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB), quando as remunerações dos servidores ficaram sem correção.

Feijóo rechaçou que, em 2024, o reajuste seja zero.

Ele explicou que há impacto de R$ 7,5 bilhões entre 2023 e 2024, sendo R$ 4,5 bilhões da recomposição salarial linear de 2023, que ainda está em vigor, e mais R$ 3 bilhões do reajuste nos benefícios.

Fonte: Metrópoles

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