A investigação do assassinato do pastor Anderson do Carmo de Souza, marido da deputada federal Flordelis (PSD), aponta que dois filhos do casal são suspeitos pela polícia de matar o pai. Uma das linhas de investigação é que eles teriam cometido o crime para defender a mãe, após descobrirem uma relação extraconjugal de Anderson.
Durante o enterro, nesta segunda-feira (17), a polícia agiu discretamente e prendeu Flávio dos Santos, filho biológico apenas de Flordelis – a deputada e Anderson do Carmo registraram 55 filhos, a maioria, adotado. Flávio tinha um mandado de prisão por violência doméstica.
Um outro filho do casal também foi preso. Lucas, de 18 anos, que é adotado, foi encontrado na casa onde o pastor foi morto. Quando era menor, ele se envolveu com tráfico de drogas. Lucas e Flávio prestaram depoimento durante esta tarde na Delegacia de Homicídios de Niterói sobre a morte do pai.
Flávio vai passar a noite da Delegacia de Homicídios e Lucas foi transferido para unidade do Degase, já que quando ele cometeu o crime por tráfico de drogas era menor de idade.
A deputada Flordelis rechaça a hipótese de que um de seus filhos seja o autor do crime: “Isso é ridículo, acusar alguém sem provas”. Ela acredita que o crime foi uma tentativa de assalto. “É nisso que eu acredito, que foi um assalto, e que ele morreu defendendo a família”, disse Flordelis durante o enterro.
A polícia informou que os criminosos fugiram do local sem levar nada. Investigadores revelaram também que os bandidos usaram toucas ninja e que doparam o cachorro da família antes do crime.
30 marcas de tiros no corpo
Anderson foi assassinado com pelo menos 15 tiros na madrugada de domingo (16), na garagem de sua residência, em Pendotiba, Niterói. O laudo do Instituto Médico Legal aponta que o corpo de Anderson tinha 30 perfurações, a maioria na região da virilha: nove.
Oito disparos foram feitos na região do peito e 1 tiro na cabeça à curta distância. Segundo a polícia, essa informação aumenta a possibilidade de que o criminoso tenha atirado com a intenção apenas de matar o pastor. (G1/RJ)