Dr. Leonel avisa que não há pretensão para se candidatar a prefeito em 2024 e que achou inoportuna a carreata prol Bolsonaro em S. A. de Jesus

O secretário de saúde e presidente do PSDB de Santo Antônio de Jesus, Dr. Leonel Cafezeiro, esteve na Live do Meio-Dia e Meia, no Voz da Bahia e desta vez, abordou o apoio do grupo do prefeito Genival Deolino (PSDB) no deputado federal Adolfo Viana, suas diferenças com o ex-candidato a prefeito Dr. Everaldo Júnior (PDT) e de sua possibilidade de sair pré-candidato a prefeito em 2024.

REJEIÇÃO NO INÍCIO:

Em entrevista ao Voz da Bahia, Dr. Leonel inicialmente falou sobre os avanços e dificuldades do governo de Genival Deolino, além de falar qual seu objetivo frente a pasta de saúde, “todo início é difícil, tem uma série de coisas para serem ajustadas. Há dois fatores que contribuem para essa dificuldade de gestão, uma delas é a pandemia e o outro é que a pessoa que está como prefeito é uma pessoa de bem, de caráter, com um nome de grande reputação na cidade, mas veio do setor privado. O setor público é muito diferente, há um período de curva de aprendizado, houve uma dificuldade a gestão está começando a deslanchar e naturalmente que não dá para agradar a todos. Eu não posso pôr o lado político primeiro, tenho que priorizar a gestão, a política pública de saúde, senão vou passar pela secretaria e não deixar nenhum legado”, falou.

ADOLFO VIANA:

Sobre o apoio do grupo do prefeito Genival para com o deputado federal Adolfo Viana (PSDB), outros parlamentares que estavam rodeando a cidade em busca de amparo decidiram recuar. Um deles, pode ter sido o deputado Adalberto Rosa, o popular Dal (PP). Sobre o assunto, Dr. Leonel pontuou que não apoia candidato a deputado que não seja do seu partido, “sou presidente do PSDB, historicamente sempre votei no deputado do partido, que era o deputado Jutahy Júnior que se afastou da política e transferiu suas lideranças políticas para o deputado Adolfo Viana. Ano passado votei nele, agora como estamos mais envolvidos na política estivemos em uma conversa sobre o fechamento do grupo liderado pelo prefeito Genival Deolino, em torno de Adolfo Viana, pois, ele se comprometeu em ajudar a cidade de Santo Antônio de Jesus. Na saúde eu já recebi uma emenda de R$ 1 milhão e meio para custeio da saúde, compra de medicamentos e tudo o que se refere a atenção de média complexidade. Naturalmente, meu trabalho como liderança é apoiar o deputado do meu partido. Dal é de outro partido, não tenho informações a lhe dar sobre a posição de Dal, quem vai apoiá-lo em Santo Antônio de Jesus”, declarou.

EVERALDO X LEONEL:

Sobre as discussões com o ex-candidato a prefeito de Santo Antônio de Jesus, Dr. Everaldo Ferreira Júnior (relembre aqui), o secretário pontua que acredita que houve uma mudança consciente, “minha dissidência com Everaldo é política, apoiei Genival Deolino e ele fazendo oposição. Penso que ele tomou consciência de que a oposição é uma coisa que temos que ter responsabilidade, tanto quanto quem está na gestão. Fazer oposição não é atrapalhar a gestão ou ridicularizar quem está gerindo, não é atribuir qualquer fato negativo como se fosse por vontade própria do gestor. O importante é a intensão de trabalhar, a seriedade com o que se encara a coisa pública, colocando o bem-estar do povo como ponto central, a melhoria das condições de vida na cidade”, admitiu.

PRÉ-CANDIDATO A PREFEITO:

Cafezeiro disse também sobre a possibilidade de se candidatar ao cargo de prefeito da cidade em 2024, “essa não é minha pretensão, quero contribuir muito com a cidade. Isso seria um sacrifício muito grande hoje, a secretaria está sendo um sacrifício. Essa eleição de Genival mexeu com a vida dele, mas não me furto em contribuir para a comunidade. Não tenho ambição por bens materiais, nem tenho vontade de ser prefeito por vaidade. Seria se eu sentisse que era a única via de contribuir para a cidade. Aprendi a amar essa cidade, fiz dela a minha terra natal e construí minha vida profissional”, manifestou.

CARREATA DE BOLSONARO EM SAJ:

No sábado passado, houve em Santo Antônio de Jesus a carreata dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) (relembre aqui). Sobre o assunto, o secretário afirmou que não esteve presente e pensa que este evento não deveria ter acontecido, “eu não acompanhei a carreata, julguei que foi em um momento inoportuno. Estamos em um momento de pandemia, enfrentando uma crise de saúde muito grande. Estamos cobrando distanciamento e não frequentem ambiente de aglomeração, não é momento de fazer um evento político desses, não achei que deveria ter sido feito. Em relação ao Governo Federal, ele tem acerto e erros, muitos desses são problemas pessoais do próprio presidente, mas foi esse que elegemos e com esse que temos que passar até que chegue o dia das próximas eleições”, finalizou.

Reportagem: Voz da Bahia

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