O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), cobrou ajuda do governo federal para pagar parte dos salários de servidores do estado e evitar demissões durante uma das maiores tragédias climáticas do país. O pedido foi feito durante coletiva na manhã desta segunda-feira (3/6).
“Sobre benefício de manutenção de emprego e renda, é essencial que venha nos próximos dias algum tipo de ação do governo federal. Isso ainda não foi endereçado e nós temos muito receio sobre o que possa significar em demissões, que são evitáveis, a não ser que o governo federal entre em campo para garantir o pagamento de parte dos salários”, afirmou Leite, acrescentando que o programa de emprego e renda é “absoluta prioridade”.
O governador tratará da medida em reunião com parlamentares da bancada federal do Rio Grande do Sul. No encontro, Leite afirmou que também vai pedir compensações à perda de arrecadação, que pode chegar a R$ 10 bilhões.
“O governo do estado e as prefeituras terão uma queda de arrecadação nos meses de maio, junho, julho e agosto que vai ser muito forte. A gente projeta uma perda de arrecadação que pode chegar aos 10 bilhões de reais para o estado até o final do ano”, disse.
Eduardo Leite fala em perda de arrecadação
Ele explicou que 25% da arrecadação é dos municípios: “Estamos falando de R$ 2,5 bilhões de potencial queda de arrecadação no repasse aos municípios sobre o ICMS, no momento que o governo do estado e as prefeituras estão sendo especialmente demandados em reações extraordinárias.”
Segundo o último balanço da Defesa Civil, divulgado às 9h desta segunda-feira, a tragédia causada pelas chuvas que assolam o Rio Grande do Sul já deixou 172 mortos. No total, são 806 feridos e 42 desaparecidos.
Mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas, sendo que 579 mil estão desalojadas e 37 mil em abrigos.
Dos 497 municípios do estado gaúcho, 475 foram atingidos pela tragédia.
Fonte: Metrópoles