Equador acusa suposto colaborador do WikiLeaks de promover ciberataques

Foto: Reprodução / Brasil de Fato

A Procuradoria do Equador acusou neste sábado (13) o sueco Ola Bini de atacar os sistemas de informática do país. As autoridades equatorianas apontam o homem como sendo um dos colaboradores de Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, que foi preso nessa quinta-feira (11) pela polícia britânica na embaixada do Equador, em Londres. No mesmo dia, Bini foi preso quando tentava viajar para o Japão (veja aqui).

De acordo com informações do Jornal O Globo e da agência de notícias France-Presse, a Procuradoria Geral do Estado formulou acusações contra o sueco por “suposta participação no crime de ataque à integridade de sistemas de informática”. A prisão preventiva do acusado foi determinada, assim como o congelamento de suas contas bancárias durante a instrução criminal, processo que pode demorar até 90 dias.

Antes deste episódio, a ministra do Interior, María Paula Romo, chegou a afirmar na última quinta que uma pessoa ligada a Assange estaria envolvida em um plano de desestabilização do presidente Lenín Moreno, e havia feito viagens ao exterior com o ex-chanceler equatoriano Ricardo Patiño, que trabalhou no governo de Rafael Correa, ex-aliado com quem Moreno rompeu.

Em um contexto de disputa entre Assange e o governo de Moreno — que acusava o criador do WikiLeaks de violar os termos do seu asilo ao se intrometer na política de outros países enquanto estava na embaixada —, Bini teria hackeado mensagens e fotos privadas do presidente equatoriano. O WikiLeaks também divulgou documentos que apontariam o envolvimento dos irmãos do presidente com lavagem de dinheiro no exterior.

Paula Romo também citou o envolvimento de dois hackers russos que vivem no Equador com os ataques realizados ao governo equatoriano. A ministra afirmou de que há suspeitas de que esteja interferindo em comunicações privadas ou usando seus conhecimentos para tal. “Isto é um crime, não importando se é feito contra um governo ou contra um cidadão comum”, afirmou, em entrevista ao canal Teleamazonas.

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