O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista à CNN Brasil nesta quinta-feira, 23, que não pretende fugir do Brasil, apesar de seu passaporte estar retido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro reafirmou que, mesmo enfrentando riscos, não fugirá do país e que poderia ter permanecido nos Estados Unidos, mas preferiu retornar ao Brasil. A retenção do passaporte ocorre desde fevereiro de 2023, após investigações sobre uma possível tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente ainda lamentou a ausência na posse de Donald Trump, mencionando que o governo brasileiro teve influência na negativa ao seu convite.

Em relação às eleições presidenciais de 2026, Bolsonaro sugeriu que, sem sua presença, o pleito será “semelhante ao da Venezuela”. Ele mencionou que sua esposa, Michelle Bolsonaro, e seus filhos, Eduardo e Flávio, poderiam ser opções para a presidência, destacando as qualidades de cada um. Sobre sua inelegibilidade, que foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro se declarou perseguido politicamente e questionou as acusações relacionadas ao abuso de poder durante sua campanha.

Bolsonaro também voltou a defender uma anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro, afirmando que espera que a anistia seja concedida sem a necessidade de uma eleição de direita em 2026. Além disso, o ex-presidente criticou a atual situação política do Brasil, dizendo que qualquer pessoa pode ser presa sem justificativa e que a decisão sobre o futuro de qualquer cidadão está nas mãos de uma única pessoa.