Fachin refuta intervenção na Justiça Eleitoral: “Jamais”

Ministro participou de evento sobre combate à desinformação - Foto: Rosinei Coutinho I STF

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, disse nesta sexta-feira, 29, que a Justiça Eleitoral “jamais” estará disponível para uma intervenção. 

Em coletiva de imprensa durante um evento em Curitiba sobre o combate à desinformação Fachin pontuou que, para “colaboração, cooperação, parcerias proativas para aprimoramento… a Justiça Eleitoral está inteiramente à disposição”. “Intervenção, jamais”, completou.

Na última quarta, 27, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que as Forças Armadas sugeriram ao TSE uma “apuração paralela” de votos nas eleições. 

De acordo com Fachin, a colaboração das Forças Armadas acontece na distribuição das urnas eletrônicas e na garantia da votação. “A cooperação tem sido extremamente frutuosa com as Forças Armadas”, declarou.

No último domingo, 24, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, disse que as Forças Armadas “estão sendo orientadas para atacar” o processo eleitoral brasileiro.

Em resposta, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, afirmou considerar a declaração uma “ofensa grave” e argumentou que não há provas de que as Forças Armadas “teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia”.

Ao falar sobre os acordos da Justiça Eleitoral com plataformas digitais para combater a disseminação de fake news, Fachin revelou que há mais de 100 parcerias envolvidas no processo. “Entendemos que a desinformação se combate com boa informação, com mais informação. Nosso programa de enfrentamento não tem na sua face um papel sancionatório. Queremos informar, prestar a informação correta”, apontou. (ATarde)

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