Família de morto na Papuda entra com ação judicial contra Alexandre de Moraes

A viúva e as duas filhas de Cleriston afirmaram que o magistrado teria cometido crimes de maus-tratos, abuso de autoridade, tortura qualificada e majorada, além de prevaricação

Marcos Oliveira / Agência Senado e Reprodução

A família do comerciante Cleriston Pereira da Cunha, réu pelos ataques golpistas de 8 de janeiro que morreu no Complexo Penitenciário da Papuda (DF), e o advogado Tiago Pavinatto, ex-apresentador da Jovem Pan News, ingressaram com uma ação criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro da corte Alexandre de Moraes.

De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, a viúva e as duas filhas de Cleriston afirmaram que o magistrado teria cometido crimes de maus-tratos, abuso de autoridade, tortura qualificada e majorada, além de prevaricação. Somadas, as penas vão de dez até 31 anos de prisão.

Além disso, eles pedem que Moraes seja afastado de suas funções no STF e pague uma indenização por danos moraes. A peça, endereçada ao presidente da corte, Luís Roberto Barroso, é assinada por Pavinatto.

Cleriston morreu após sofrer um mal súbito na Papuda em novembro de 2023. Ele, que tinha 46 anos, estava preso preventivamente depois de ser detido em flagrante dentro do Senado no dia 8 de janeiro e recebia atendimento médico.

Um pedido de liberdade provisória da Procuradoria-Geral da União (PGR) estava em análise pendente pelo ministro Alexandre de Moraes.

Para o advogado da família, a morte do comerciante “ocorreu em prisão preventiva manifestamente ilegal e sob a inteira responsabilidade” do magistrado. (BNews)

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