Fim de ano: saiba quais são os gatilhos que resultam na enxaqueca

Estresse, calor e viagens longas são gatilhos que intensificam os sintomas; saiba como identificá-los e lidar com a condição

A temporada de festas de fim de ano é sinônimo de celebração, mas para quem sofre de enxaqueca, o período pode ser desafiador.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% da população global enfrenta essa condição incapacitante, marcada por crises de dor de cabeça intensas que afetam significativamente a qualidade de vida.

A neurologista Thaís Villa explica que pessoas com predisposição genética à enxaqueca possuem um cérebro mais excitado, o que as torna mais suscetíveis a fatores como estresse, calor e viagens — situações comuns durante as celebrações de final de ano. Esses elementos, somados ao aumento de estímulos sonoros e visuais, podem desencadear crises severas.

Principais sintomas de enxaqueca

Entre os sinais mais comuns associados às crises, destacam-se:

  • Fonofobia e osmofobia: Sensibilidade exacerbada ao som e odores;
  • Aura: Percepções visuais ou sensoriais antes da dor;
  • Dormência, formigamento e fraqueza em um lado do corpo;
  • Dores no pescoço e ombros;
  • Tontura, zumbido nos ouvidos e náusea;
  • Alterações de humor, dificuldade de concentração e cansaço extremo.

Outros sintomas incluem bruxismo, taquicardia, pressão desregulada, obstrução nasal e dor facial. Esses sinais indicam a necessidade de buscar auxílio médico para evitar complicações e melhorar a qualidade de vida.

Como minimizar os gatilhos durante as festas

Para evitar crises durante o período de festas, especialistas recomendam estratégias como:

  1. Gerenciar o estresse: Planeje eventos e delegue tarefas;
  2. Evitar exposição prolongada ao calor: Mantenha-se hidratado e prefira locais ventilados;
  3. Reduzir estímulos sonoros e visuais: Evite ambientes barulhentos ou com iluminação intensa;
  4. Manter uma rotina de sono: Mesmo em festas, respeite os horários de descanso;
  5. Monitorar a alimentação: Alimentos como chocolates e bebidas alcoólicas podem ser gatilhos para algumas pessoas.

Para quem enfrenta crises recorrentes, a neurologista Thaís Villa reforça a importância de procurar orientação médica e seguir o tratamento prescrito. “Entender os gatilhos e controlar a exposição a eles é essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, conclui.

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