Idoso morre com Covid-19 em Itapetinga e tem velório com caixão aberto; família diz que não foi orientada e prefeitura nega

Foto: NIAID-RML/AP

Um idoso de 74 anos que morreu com Covid-19 teve o corpo velado em caixão aberto, na cidade de Itapetinga, no sudoeste da Bahia. Contrariando as normas do Ministério da Saúde, os familiares de Domingo Alves Moreira, velaram o corpo do idoso por cerca de 30 minutos.

De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, os falecidos devido à Covid-19 podem ser enterrados ou cremados, mas os velórios e funerais devem ter no máximo 10 pessoas, respeitando a distância mínima de pelo menos dois metros entre elas, bem como outras medidas de isolamento social e de etiqueta respiratória. Além disso, a cerimônia de sepultamento deve ocorrer em lugares ventilados e, de preferência, abertos.

Durante todo o velório o caixão deve permanecer fechado para evitar qualquer contato com o corpo. O protocolo recomenda ainda que seja evitada a permanência de pessoas que pertençam ao grupo de risco, como idosos.

Os familiares do idoso que morreu em Itapetinga relataram que não tiveram qualquer orientação. Já a prefeitura diz que não apenas avisou a família, como orientou a empresa particular que organizou o sepultamento.

“A empresa responsável pelo sepultamento é particular e o cemitério que ele foi sepultado é particular também. Foi passado para empresa e família todas as recomendações do protocolo. A família levou o corpo com o caixão lacrado e lá abriu”, falou o prefeito de Itapetinga, Rodrigo Hagge.

O prefeito informou que a Vigilância Sanitária ficou ciente da situação e foi ao velório para fazer o lacre do caixão.

“Temos a informação que tinham 20 pessoas, aproximadamente. Elas estão sendo monitoradas”, diz Hagge.

O prefeito disse que espera contar com o apoio da população e que tem feito campanhas educativas, além de passar os protocolos de cuidados com os velórios para a população e para empresas.

Na Bahia, até a publicação dessa reportagem, o número de infectados pelo coronavírus passava de 2,6 mil , com mais de 90 mortes. (G1)

google news