Depois de quatro anos de queda, as indenizações pagas pelo seguro DPVAT voltaram a subir no Brasil. As informações são do relatório anual da Seguradora Líder, a administradora do seguro. Em 2019, foram pagas 353.232 indenizações, 8% mais do que em 2018.
Do total, 11%, ou 40.721 foram por morte, 235.456 por invalidez permanente (67%) e 77.055 por despesas médicas (22%).
Desde 2015 o número de indenizações vinha caindo – chegou ao pico de 763.365 em 2014.
‘Novela’ do DPVAT
O aumento no número de indenizações ocorre pouco depois de o governo federal tentar acabar com o seguro obrigatório por meio de uma medida provisória – posteriormente barrada pelo Supremo Tribunal Federal.
Depois disso, surgiu uma “novela” sobre a definição dos valores para o DPVAT em 2020. No fim, os preços foram reduzidos, mas 4 milhões de pessoas acabaram pagando a mais, e terão direito a receber a diferença de volta.
Motos são a principal causa
Motocicleta ficou destruída após acidente na PR-160 — Foto: PRE/Divulgação
Além do número de indenizações pagas, o DPVAT detalhou o perfil das vítimas e dos acidentes.
Acidentes com motos representaram 77% das indenizações pagas pela Seguradora Líder. Em seguida, aparecem automóveis, com 16%, caminhões, com 4%, ônibus e vans, com 2% e ciclomotores, com 1%.
Indenizações por região
Ao dividir os pagamentos por região do país, o Nordeste aparece como o local mais recorrente de indenizações pagas, com 32% do total, ou pouco mais de 113 mil casos. O Sudeste, com 29%, aparece logo na sequência, com 102,5 mil restituições.
Sul (17%), Centro-Oeste (12%) e Norte (10%) são as regiões com menor número de pedidos.
Considerando apenas estados, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Santa Catarina, Goiás e Paraná são os que mais receberam indenizações pagas pelo DPVAT. Somados, representam quase metade do total do Brasil.
Perfil das vítimas
Veja alguns indicadores dos perfis das vítimas que receberam algum tipo de indenização do DPVAT:
- 75% eram homens; 25% mulheres
- 26% das vítimas tinham entre 25 e 34 anos
- 23% tinham entre 45 e 64 anos
- 57% eram motoristas; 30%, pedestres e 13%, passageiros