Será que Jacky Godmann acredita no que os próprios olhos estão vendo? A presença dele em Tóquio foi a grande surpresa da canoagem. Todos esperavam que Isaquias Queiroz estivesse acompanhado de Erlon Souza. Mas uma lesão no quadril esquerdo de Erlon desfez dupla medalhista de prata nas Olimpíadas do Rio.
Aos 22 anos, Jacky está aprendendo rápido, pelo método da observação e semelhança, que ele mesmo inventou. É basicamente o seguinte: o que o Isaquias faz, ele faz também. Entram para os fundos do galpão, depois voltam juntos. Quando um vai, o outro vai. Quando um volta, o outro volta também. Fazem aquecimento um ao lado do outro. E se um não vai depois do outro é porque está ao lado do outro.
“Estou aprendo com ele sobre remada, sobre sua experiência nos campeonatos, suas conquistas, é importante ter um cara como ele na equipe, que te passa confiança, conversa com a gente muito, sempre tá ali tentando ajudar. Ele é exigente. Ele pega. Ah, faz isso, faz aquilo, faz isso, faz aquilo mas é bom, é muito bom isso”, diz Jack.
Eles correm juntos, almoçam juntos, carregam a canoa juntos. Tudo em busca da sintonia absoluta na tranquilidade da base de treinos do Brasil, local que recebeu as provas de canoagem nos Jogos de Tóquio em 64.
Até mesmo no treino individual, Isaquias parece sincronizado com o novo companheiro de remadas. Mas se mesmo assim aquele frio na barriga de toda estreia vier, Jacky pode contar com o Brasil.
Fonte: ge