Janot viajou para Minas antes de suposto plano para matar Gilmar, diz artigo

Foto : Antonio Cruz/ Agência Brasil

Apesar de o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot ter declarado em entrevistas que entrou armado no Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes e depois cometer o suicídio,  no dia 11 de maio de 2017, um artigo do portal jurídico Jota, publicado hoje (4), aponta pontos divergentes na narrativa.

Conforme o texto, de Felipe Recondo, Janot viajou, no dia anterior, para Belo Horizonte, pela manhã, e voltou apenas na segunda-feira, dia 15 de maio. Ele tinha compromissos institucionais na Procuradoria da República e na Procuradoria Regional da República. No dia 12, fez uma palestra na Universidade Federal de Minas Gerais, onde se formou.

A Força Aérea Brasileira confirma que, no dia 10 de maio de 2017, houve “apoio aéreo determinado pelo Ministério da Defesa, por meio de ofício, datado de 04 de maio de 2017 em favor do procurador-geral da República para cumprimento de compromisso oficial, em que foi usada uma aeronave da Força Aérea Brasileira”.

Outra questão apontada é que, no dia 10 de maio, como mostram as atas das sessões do Supremo, Bonifácio de Andrada representava a Procuradoria-Geral da República no plenário do Supremo. Segundo assim, também no dia 11, era Bonifácio que iria como representante do Ministério Público Federal para a sessão.

Segundo o artigo, ministros do STF também enxergam a versão de Janot com desconfiança. Ontem (3), antes de iniciada a sessão de Turma, um ministro demonstrava a impossibilidade de o fato ter ocorrido, simulando os movimentos que Janot disse ter feito. 

(Metro1)

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