Juiz relata homofobia em Vasco x São Paulo; STJD pode punir clube carioca

O árbitro Anderson Daronco (Rudy Trindade/FramePhoto/Folhapress)
O árbitro Anderson Daronco (Rudy Trindade/FramePhoto/Folhapress)

O árbitro Anderson Daronco relatou cânticos homofóbicos da torcida vascaína em partida deste domingo 25, na qual o time carioca venceu o São Paulo por 2 a 0, em São Januário, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. No segundo tempo, parte do público presente gritou “time de veado” à equipe visitante, atitude que pode render punições, como a perda dos pontos conquistados dentro de campo.

A súmula, publicada no site da CBF, consta que o árbitro inclusive paralisou a partida para interromper o canto homofóbico. “Aos 19 minutos do segundo tempo, a partida foi paralisada para informar ao delegado do jogo e aos capitães de ambas as equipes a necessidade de não acontecer novamente e para informar no sistema de som do estádio o pedido para que os torcedores não gritassem mais palavras homofóbicas”, diz o texto.

Daronco conversou primeiramente com o técnico do Vasco, Vanderlei Luxemburgo, que prontamente se virou para as arquibancadas e pediu para os torcedores pararem com as manifestações.

A ocorrência de atos homofóbicos pode punir os clubes a partir desta rodada. Na segunda-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) recomendou que as atitudes preconceituosas passassem a ser relatadas.

Os casos podem render a perda de três pontos, pois devem ser enquadrados no artigo 243-G do Código Disciplinar (praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência). Em nenhuma outra partida da rodada foi registrada até agora um outro incidente do mesmo tipo. (Veja)

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