Justiça Federal suspende eleição da OAB em Vitória da Conquista após contestações

‘Morte da democracia’, diz Ana Patrícia sobre eleição “relâmpago” na OAB de Vitória da Conquista

Advogada Ana Patrícia Dantas / Foto: Divulgação

Uma decisão recente da Justiça Federal determinou a suspensão dos efeitos da eleição da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Vitória da Conquista, que ocorreu em 12 de junho de 2024. A medida liminar foi deferida em resposta a um mandado de segurança impetrado por advogados locais, que contestaram a falta de prazo adequado para o registro de candidaturas, conforme alegações de violação dos direitos eleitorais.

A controvérsia teve início após a presidente da OAB-BA, Daniela Borges, convocar a eleição de forma rápida e sem ampla divulgação, segundo críticas da advogada Ana Patrícia Dantas. Em um vídeo nas redes sociais, Ana Patrícia expressou sua preocupação com o processo eleitoral conduzido “às escuras”, destacando a ausência de debate e a oportunidade limitada para que outros advogados interessados se habilitassem para concorrer.

A decisão judicial, assinada pelo juiz Fábio Stief Marmund, reconheceu que a convocação da eleição um dia antes do pleito não concedeu tempo suficiente para que todos os potenciais candidatos pudessem se preparar adequadamente. O mandado de segurança foi impetrado por Gutemberg Macedo Júnior, Gilberto Dias Lima e Gabriel Carvalho, apontando a falta de um prazo razoável para o registro das candidaturas.

Como resultado, a eleição que elegeu Wendel Silveira como presidente da subseção foi suspensa, mantendo Frederico Silveira, vice-presidente eleito, nas funções de presidente interino até a realização de uma nova eleição. A decisão destaca a necessidade de respeitar os princípios democráticos e assegurar um processo eleitoral transparente e equitativo.

A suspensão da eleição pela Justiça Federal reflete a importância de garantir a legalidade e a transparência nos processos eleitorais da OAB, especialmente em subseções como a de Vitória da Conquista. O episódio reforça a necessidade de respeitar os prazos e garantir que todos os advogados tenham igual oportunidade de participar e concorrer aos cargos diretivos da Ordem, preservando assim os fundamentos democráticos que regem a entidade.

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