Milhares protestam no Líbano após imposto para usar WhatsApp

Foto: Mohamed Azakir/Reuters

Escolas, bancos, lojas e administrações públicas foram fechadas nesta sexta-feira (18) no Líbano. O país está paralisado, e a maioria das principais avenidas foram interceptadas por grupos de manifestantes usando lixeiras e pneus queimados.

O maior movimento de protesto em anos misturou libaneses de todas as classes sociais que exigiram em uníssono a renúncia do governo do sunita Saad Hariri, do presidente cristão Michel Aoun e do presidente do Parlamento, o xiita Nabih Berri.

Segundo relatos de correspondentes da RFI na região, os protestos libaneses vêm dificultando o deslocamento de uma região para outra, ou mesmo de um distrito para outro. As autoridades parecem terem sido pegas de surpresa diante da ira dos libaneses. Quando uma estrada consegue ser reaberta pela polícia, outra é interceptada pelos manifestantes.

A decisão mostra rachaduras no governo multiconfessional de unidade nacional, fato que ganhou ampla visibilidade com os pedidos pela demissão do primeiro-ministro Saad Hariri, lançados por dois pesos pesados ​​do executivo, o líder cristão Samir Geagea e o druso Walid Jumblatt.

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