O Ministério da Saúde anunciou, por meio do Diário Oficial da União desta quinta-feira (25), que vai incorporar a abiraterona ao Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento auxilia no tratamento do câncer de próstata metastático, e vai servir para os pacientes em que a doença é resistente à castração, de acordo com a Assistência Oncológica no SUS.
A castração no tratamento do câncer de próstata hormonal foi criada para substituir a castração cirúrgica. Nela, é utilizado o uso de agonistas do hormônio liberador de hormônio luteinizante (LH-RH), e os paciente são submetidos a uma terapia de privação androgênica. O medicamento serve para ser utilizado caso essa terapia falhe.
O medicamento foi testado em três estudos, e, em comparação com o tratamento convencional, o número de óbitos e de casos de progressão da doença diminuiu consideravelmente.
Dos pacientes tratados com o acetato de abiraterona, cerca de 10% apresentaram algumas reações adversas, como edema periférico, hipopotassemia, infecção do trato urinário e hipertensão.
O câncer de próstata, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Em 2018, o número de casos, segundo o instituto, foi de aproximadamente 68 mil. Em 2017, o número de mortes, de acordo com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), foi de 15.391.
De acordo com a portaria publicada pelo Diário, o prazo máximo para efetivar a oferta do medicamento ao SUS é de 180 dias a partir desta quinta-feira (25).