Ministro Augusto Heleno diz que manifestações são ‘significativas’ e ‘nada desprezíveis’

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, afirmou que as manifestações de hoje pelo país estão com um “número significativo” e “nada desprezível” de pessoas nas ruas. Questionado pelo blog se a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que está subordinada a ele, já tinha números sobre o comparecimento nos atos, Heleno disse que não e que geralmente essas estimativas são muito “mal calculadas”. Mas afirmou que viu imagens dos atos e que havia “muita gente”.

“Pelo que vi pelas fotos, tem muita gente. Muito acima do esperado”, disse o ministro, completando que, na avaliação dele, as manifestações estão “na medida certa”. “Está sendo uma coisa democrática. Uma manifestação com participação do povo, de gente preocupada com os rumos do país. Gente que achou necessário mostrar apoio ao governo”, completou. Heleno destacou o fato de que, para ele, ataques ao Congresso e ao STF são minoritários. Desde que as manifestações foram convocadas como resposta aos protestos contra os cortes na área da educação, aliados do presidente passaram a se preocupar com as eventuais repercussões dos atos para a imagem presidente Jair Bolsonaro. A leitura mais comum no Palácio do Planalto foi a de que as manifestações seriam um tiro no pé. Se muito fortes, passariam a imagem de que o Planalto apoia pautas antidemocráticas, já que parte da convocação defendia o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Se fracas, mostrariam baixa popularidade do presidente, num momento em que ele perdeu aprovação nas pesquisas.

O entorno de Bolsonaro, principalmente os militares, passaram a defender então que o presidente se descolasse dos atos. Bolsonaro passou então a dizer que não iria às manifestações e orientou os integrantes do governo a fazer o mesmo. Na quinta-feira passada, disse que aqueles que defendiam o fechamento do Congresso e do STF “estavam na manifestação errada”.

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