Empossado, nesta segunda-feira (2), como novo ministro da Justiça e Segurança Pública, o ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB) fez um discurso forte em que prometeu solucionar definitivamente o caso Marielle Franco, assassinada em 2018. Para ele, essa é uma “questão de honra” para o Estado brasileiro.
Sua fala também foi marcada pela exaltação ao Judiciário e promessa de proteger os mais pobres e as minorias. Dino pregou o desarmamento e disse que estará à frente de um “ministério da paz, da pacificação nacional”.
O ministro mencionou uma conversa que teve com Anielle Franco, irmã de Marielle, e ministra da Igualdade Racial, que se emocionou com a fala do ex-governador.
“Saúdo Marielle e a sua família aqui presente. Eu disse à ministra Anielle e à sua mãe que é uma questão de honra do Estado brasileiro empreender todos os esforços possíveis e cabíveis, e assim o fará, para que esse crime seja desvendado definitivamente e nós saibamos quem matou Marielle e quem mandou matá-la naquele dia no Rio de Janeiro”, declarou.
Outras promessas do ministro foram: Garantir os acessos à Justiça dos mais pobres e de populações marginalizadas, como negros, mulheres e LGBTQIA+; garantir a harmonia entre os Poderes Defesa da democracia; realizar controle responsável do armamento e combater crimes ambientais, com foco na Amazônia
Caso Marielle
Vereadora do Rio de Janeiro pelo Psol, Marielle Franco foi assassinada a tiros em março de 2018, na saída da Câmara dos Vereadores, junto com o motorista Anderson Gomes.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz como os assassinos de Marielle e de Anderson. Os ex-PMs, presos em penitenciárias federais fora do RJ, vão a júri popular, ainda não marcado. Ainda não se sabe, no entanto, quem foram os mandantes nem por quais motivos Marielle e Anderson foram mortos.
Em 2021, a Polícia Civil da Paraíba prendeu Almir Rogério Gomes da Silva, chefe de uma milícia suspeita de participar do assassinato da vereadora. Ele é acusado de ser o mandante do crime em depoimento feito pela viúva do miliciano Adriano da Nóbrega. À época, o delegado do caso, Diego Beltrão, disse, porém, que não havia, no momento, elementos que liguem o preso à morte da vereadora carioca. (Metro1)