O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu arquivar uma ação de improbidade administrativa contra o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), relacionada a supostos repasses de caixa dois da Odebrecht durante sua campanha à reeleição para o Governo de São Paulo em 2014.
Toffoli concluiu que não havia provas suficientes para dar continuidade à ação e que as evidências apresentadas eram ilegais. Ele destacou que, ao analisar o caso, não viu elementos probatórios mínimos que justificassem a continuidade do processo.
“As provas referidas foram consideradas contaminadas e não válidas para a persecução”, afirmou o ministro em sua decisão.
Os elementos que originaram a acusação foram obtidos dos sistemas Drousys e MyWebDay, utilizados pela Odebrecht para controle de pagamentos de propina. Contudo, Toffoli já havia declarado que essas provas eram consideradas nulas pela Suprema Corte.
A ação foi apresentada ao STF por Marcos Monteiro, ex-tesoureiro de Alckmin, que alegou que as provas eram inválidas.
O advogado de Alckmin, Fábio de Oliveira Machado, comemorou a decisão, ressaltando que ela reafirma a inocência do vice-presidente e que sua trajetória política sempre foi pautada por altos padrões éticos e morais.