Mortes por calor extremo terão aumento de quase cinco vezes até 2050, aponta estudo

Com cerca de 1,1ºC de aquecimento, as pessoas já experimentaram, em média, cerca de 86 dias de temperaturas elevadas que ameaçam a saúde em 2018-2022.

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

As mortes em decorrência do calor extremo podem aumentar quase cinco vezes nas próximas décadas. A informação foi publicada nesta quarta-feira (15) na revista The Lancet.

Caso a temperatura do mundo aumente em 2ºC na comparação com o período pré-industrial até o fim do século, as mortes vinculadas ao calor podem aumentar em 4,7 vezes até 2050.

A pesquisa contou com a colaboração de 114 cientistas de 52 centros de pesquisa e agências da Organização das Nações Unidas (ONU) do mundo todo. Os especialistas internacionais alertam que sem ações para conter as alterações climáticas, a “saúde da humanidade corre grave risco”.

Com cerca de 1,1ºC de aquecimento, as pessoas já experimentaram, em média, cerca de 86 dias de temperaturas elevadas que ameaçam a saúde em 2018-2022.

No documento, os cientistas destacam que o calor é apenas um dos fatores climáticos que podem contribuir para o aumento da mortalidade. As doenças infecciosas transmitidas por mosquitos devem continuar em propagação. A transmissão da dengue, por exemplo, pode registrar alta de 36%. Além disso, as secas se tornarão mais comuns, e podem deixar milhões de pessoas em risco de morrer de fome. (Metro1)

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