Fechado em copas, o PP matura sobre como reagir ao anúncio do senador Jaques Wagner (PT) de que o vice-governador João Leão (PP) não assumirá mais o governo por nove meses porque o governador Rui Costa (PT) cumprirá o mandato até o fim, rompendo o que havia sido combinado na semana passada.
Por orientação de seus principais conselheiros, Leão e os deputados do PP têm evitado a imprensa, mas se dedicado a conversas internas e até com alguns interlocutores importantes para decidir o que fazer. Há enorme pressão sobre o vice para que rompa com o governo e apóie a chapa de ACM Neto (DEM).
Nela, Leão pode ser candidato ou indicar a vice ou o Senado. Hoje, o vice foi chamado para uma conversa por Rui, que teria repetido que as declarações de Wagner não representavam o seu pensamento e pediu um tempo a ele, insinuando que ainda teria condições de disputar o Senado, entregando-lhe o governo.
Leão teria ouvido as palavras do governador descrente de uma solução incluindo a participação do PP nas articulações para a formação da chapa e, ao mesmo tempo, preocupado com a incompatibilidade entre o tempo pedido e a necessidade de agilizar a formação das chapas proporcionais.
Por este motivo, crescem as expectativas de que ele, de fato, componha com Neto. Seu filho, o deputado federal Cacá, acelera os acenos para interlocutores do candidato do DEM, prometendo que fará tudo para facilitar uma aproximação entre os dois, um desejo seu desde o princípio.
Um parlamentar do PP disse hoje a este Politica Livre que as chances de um entendimento com Neto são de 90%.