Paulo Cupertino é condenado a 98 anos de prisão por assassinato de Rafael Miguel e seus pais

Júri popular considerou o réu culpado por triplo homicídio qualificado; crime ocorreu em 2019 por motivação fútil e impossibilidade de defesa das vítimas

Após dois dias de julgamento, Paulo Cupertino foi condenado nesta sexta-feira (30) a 98 anos de reclusão em regime fechado pela morte do ator Rafael Miguel e dos pais dele, João Alcisio e Miriam Selma Miguel.

O crime aconteceu em 2019, em São Paulo, e, segundo o Ministério Público, foi motivado pelo fato de Cupertino não aceitar o relacionamento da filha, então com 18 anos, com o jovem artista, de 22.

A sentença foi proferida pelo juiz Antonio Carlos Pontes de Souza, da 1ª Vara do Júri da Capital, com base na decisão da maioria dos sete jurados – quatro homens e três mulheres. O réu foi condenado por triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas. Dois corréus que respondiam ao processo foram absolvidos.

Durante o anúncio da pena, que ocorreu sem a presença do acusado no plenário, houve comemoração entre familiares das vítimas. O juiz destacou ainda que o crime foi cometido na presença da filha de Cupertino e agravado pela fuga imediata do local.

O júri popular teve início na quinta-feira (29), no Fórum da Barra Funda, e a votação parou assim que a maioria dos jurados concordou com a condenação, como prevê a legislação.

Apesar das evidências reunidas no processo, incluindo imagens de câmeras de segurança que registraram a ação e a fuga, Paulo Cupertino negou envolvimento no crime ao ser interrogado.

Ele alegou que viu os corpos na rua ao sair da casa, afirmou que outros homens cometeram os assassinatos e justificou a própria fuga como um ato de medo. Também disse que não conhecia pessoalmente as vítimas e negou ter planejado qualquer ato violento.

Após o crime, o empresário permaneceu foragido por quase três anos, tendo se escondido em diferentes estados brasileiros e até fora do país. Ele foi localizado e preso em 2022. Com a decisão do júri, ele continuará detido para cumprir a pena estipulada.

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