PF e MPF vão investigar suposta vacinação de empresários e políticos às escondidas

Foto: Divulgação/MPF

A suposta vacinação de políticos e empresários do ramo de transporte em Minas Gerais se tornará alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF). Conforme uma denúncia publicada pela revista Piauí na quarta-feira (24), um grupo de cerca de 50 pessoas havia sido vacinado por R$ 600 a cada duas doses.

Conforme a reportagem, pessoas que foram vacinadas informaram que os organizadores da compra foram os donos da viação Saritur, os irmãos Rômulo e Robson Lessa. As doses teriam sido aplicadas na garagem de uma empresa do grupo, localizada em Belo Horizonte. Rômulo Lessa foi procurado pela revista, mas não respondeu às solicitações.

Já à Piauí, o ex-senador e ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT) Clésio Andrade, confirmou que recebeu a primeira dose do imunizante. “Estou com 69 anos, minha vacinação [pelo SUS] seria na semana que vem, eu nem precisava, mas tomei. Fui convidado, foi gratuito para mim”, afirmou.

Apesar da denúncia, a Pfizer negou que tenha vendido ou distribuído o imunizante no Brasil fora do Programa Nacional de Imunização (PNI). “O imunizante COMIRNATY ainda não está disponível em território brasileiro. A Pfizer e a BioNTech fecharam um acordo com o Ministério da Saúde contemplando o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 ao longo de 2021”, disse.

De acordo com o MPF, caso a irregularidade seja confirmada, as pessoas envolvidas no caso podem responder por contrabando, descaminho e uso e importação de medicamento farmacêutico sem registro. (bahia.ba)

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