Sentir sono logo após o almoço é uma experiência comum e, em parte, natural. No entanto, essa sonolência pode ser um indicativo de desequilíbrios na alimentação ou na rotina de descanso.
Conhecida tecnicamente como letargia pós-prandial, essa sensação ocorre devido à redistribuição do fluxo sanguíneo no corpo durante a digestão.
Ao ingerir alimentos, o estômago e o intestino demandam mais sangue para processar os nutrientes, reduzindo temporariamente o fluxo para o cérebro. Isso pode resultar na conhecida preguiça após as refeições.
Contudo, se o sono for intenso e frequente, pode ser hora de avaliar a dieta e a qualidade do sono noturno.
Como minimizar a sonolência pós-refeição
Segundo o endocrinologista Marcio Krakauer, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP), manter uma boa noite de sono e consumir refeições leves são estratégias fundamentais.
“Evitar gorduras, frituras e excesso de proteína animal ajuda a manter o corpo mais ativo após as refeições”, recomenda Krakauer.
Alimentos ricos em triptofano, como carnes, queijos, castanhas e cereais, também desempenham um papel importante. Esses alimentos estimulam a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pelo relaxamento, o que pode aumentar a sensação de sonolência.
Ajustes na rotina podem fazer diferença
Se o sono após o almoço interfere nas atividades diárias, repensar hábitos alimentares e garantir um sono reparador são medidas que podem trazer benefícios.
Optar por refeições equilibradas e evitar grandes quantidades de alimentos de difícil digestão são práticas simples que contribuem para manter a energia ao longo do dia.