Portador de anemia falciforme, garoto de 14 anos morre após ser medicado na UPA de Irecê

Foto: Reprodução / Líder Notícias

Um garoto de 14 anos morreu, na última quarta-feira (17), após atendimento na Unidade de Pronto Atendimento de Irecê (UPA) de Irecê, no Centro Norte baiano. 

De acordo com informações do site Líder Notícias, Edson Junior, que é portador de anemia falciforme, foi levado ao posto de saúde pelos pais, Edson Silva e Irá Silva, na última terça-feira (16), após apresentar dores comuns nas crises provocadas pela doença. 

Após ser atendido e medicado, o garoto passava bem, mas seguiu internado. Segundo a mãe, os médicos teriam dito que era necessário mais cuidados e que no dia seguinte ele seria transferido para Hospital Regional de Irecê, onde deveria receber sangue, procedimento normal para portadores de anemia falciforme.

Já na quarta-feira (17), por volta das 8h, a família conta que um enfermeiro foi ao leito onde o menino se encontrava e aplicou uma injeção. Segundo o pai, foi naquele momento que Junior teve uma piora. Edson Silva contou que o filho ficou agitado, vermelho, espumando pela boca e começou a implorar por sua ajuda, pouco depois de terem lhe aplicado o medicamento. Ele disse ainda que pouco depois Junior caiu no chão, e que os médicos iniciaram, então, procedimentos de emergência. 

Desesperado, o pai tentou acompanhar o atendimento, mas a equipe pediu que ele saísse do local. Algum tempo depois um médico retornou para tranquiliza-lo e informou que o garoto “estava bem”. Em seguida, uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao posto, mas quando não viu o garoto ser transferido, decidiu se aproximar da janela da UPA e viu os médicos tentando fazer reanimação, com massagem cardíaca. O garoto, no entanto, não resistiu e morreu. Segundo o pai, as tentativas duraram cerca de 40 minutos. 

Revoltada, família de Edson Junior afirmou que os responsáveis pela UPA sequer orientaram a solicitar a presença da Polícia Técnica e que a Secretaria da Saúde Irecê emitiu uma nota que “mais confundiu do que explicou”. Segundo o site, o  Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) acompanha o caso e a polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso.

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