O procurador-geral da República, Paulo Gonet, está prestes a decidir se apresentará uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, em investigações que apuram atos antidemocráticos e uma possível tentativa de golpe de Estado.
A decisão será um dos passos cruciais nos processos que envolvem o ex-presidente, que têm gerado grande atenção pública e política.
Apesar de ser apoiado por Alexandre de Moraes para ocupar o cargo de chefe da PGR, Gonet tem mostrado uma postura técnica e equilibrada na condução dos inquéritos, alinhando-se com o ministro em diversos casos, mas também demonstrando independência em outras situações.
Um exemplo disso foi sua discordância com Moraes no caso das medidas cautelares contra o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
A atuação de Gonet tem sido marcada por decisões de grande repercussão, onde se destacou por sua postura independente, inclusive quando contrariou o Supremo Tribunal Federal (STF). Em processos como o da Lava Jato, Gonet recorreu de decisões que anularam condenações, refletindo sua visão distinta em relação à corte em questões-chave.
O futuro da investigação de Bolsonaro está nas mãos de Gonet, que tem a responsabilidade de seguir com os inquéritos de forma técnica e justa, respeitando o devido processo legal.