Projota, Pyong, Jean… Por que ‘estrategistas’ não costumam ganhar o BBB?

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Afinidade e jogo são duas das palavras mais ouvidas nos 21 anos de Big Brother Brasil. Mas mesmo o BBB sendo um jogo, não basta jogá-lo bem para vencer .

A performance de Pyong Lee no BBB20 foi uma prova disso. O hipnólogo jogava com maestria, lia o jogo bem demais.

Ele ficava fazendo contas usando feijões, com cara de estrategista, falando sozinho e criando teorias. Não foi suficiente, porém, para que fosse bem.

A história do BBB mostra que quem é considerado estrategista não vai longe. Uma rara exceção é Jean Massumi, do BBB3.

Jean Massumi no BBB3 — Foto: Divulgação
Jean Massumi no BBB3 — Foto: Divulgação

Era comum ver o massoterapeuta lendo o livro “A arte da Guerra”, do filósofo e general chinês Sun Tzu. Nunca um participante estrategista do BBB foi tão longe no jogo: ele ficou no quarto lugar.

Lendo o leitor

“De olho no Big Brother Brasil: a performance mediada pela TV”, dissertação de mestrado da pesquisadora Joana Meniconi, explica muito bem a trajetória de Jean.

Jean começou como coadjuvante. Depois, com muita inteligência, passou a influenciar diretamente nos paredões.

Era impressionante a leitura que Jean tinha do jogo. Jean foi o primeiro, por exemplo, a notar que quanto mais você é emparedado, maior sua chance de ganhar.

Mesmo assim, ele resolveu colocar sempre os mais fortes do paredão. Foi assim quando montou o “paredão do casal”: com Dhomini e Sabrina Sato. Só que Dhomini voltou ainda mais forte e ganhou o BBB.

E o que dizer de Projota?

Projota no BBB21 — Foto: Divulgação
Projota no BBB21 — Foto:

A análise da performance de Jean feita pela pesquisadora ajuda a entender o papel de Projota no BBB21. O rapper é um estrategista autodeclarado.

Quando alguém pensa demais o jogo, e tem isso somado a atitudes questionáveis com outros participantes, pode haver rejeição.

Estrategistas acabam sendo vistos como uma pessoa sem coração. A solução não é repetir o discurso de que não vai “combinar votos” ou de que vai “votar só por afinidade”.

Você pode pensar no jogo e até se preocupar com ele, mas sem pensar em cada detalhe. Pedir que Carla dê o “Castigo do Monstro” para Lucas e Gil para ser mais difícil atender o big fone não foi só um exagero. Foi um erro. “Monstros” ficam mais despertos e têm boas chances de atender, como aconteceu no fim.

O BBB é um jogo muito complexo, não dá para ganhar só com cérebro, pensando só no que acontece dentro da casa. (G1)

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