O laudo da reconstituição da morte do menino Henry Borel, de quatro anos, descartou “a possibilidade de um acidente doméstico (queda)”. Foram identificadas 23 lesões no corpo da criança “características condizentes com aquelas produzidas mediante ação violenta (homicídio)”. O Fantástico teve acesso ao laudo que ainda aponta que entre as lesões, estão, por exemplo, a laceração no fígado e a hemorragia na cabeça.
O laudo da reprodução também identificou lesões de baixa e de alta energia, provenientes de ações violentas entre 23h30 e 3h30. No depoimento, a mãe afirmou que o filho acordou três vezes com o barulho da televisão da sala, onde Monique e Jairinho assistiam a uma série.
As versões da mãe e do padrasto do menino, Monique Medeiros e o vereador Dr. Jairinho, foram testadas na reconstituição, feita em 1º de abril.
“Não há a menor hipótese de ele ter caído, quer seja da cama, quer seja da poltrona, quer de uma estante, que tem 1,20 metro de altura”, afirmou Denise Gonçalves Rivera, perita criminal da Polícia Civil do Rio de Janeiro. “Fizeram todas as medições e viram que, em nenhuma dessas circunstâncias, ele teria essas lesões que a necropsia apresentou”, acrescentou.
A perita ainda afirmou que existe a possibilidade de que Henry tenha sido agredido cada uma das vezes que acordou.
ROTINA DE AGRESSÃO
Perícia realizada no telefone de Monique Medeiros identificou uma conversa entre a mãe do garoto e a babá de henry, Thayná de Oliveira Ferreira. A troca de mensagens do dia 12 de fevereiro, revela, de acordo com os investigadores, a rotina de sofrimento de Henry.
De acordo com reportagem do Fantástico, no dia seguinte à conversa entre Monique e a babá, em que a Thayná relata que depois de passar um tempo no quarto com Dr. Jairinho o menino estava com a perna machucada, Henry foi levado a um hospital.
O episódio não foi citado nos depoimentos. (G1)