Responsável por área de cratera em Itaparica aponta que antigo modelo de extração de sal-gema pode ter causado fenômeno

Foto: OrtoPixel – Soluções com Drones, Geotecnologias e Arquitetura

A cratera aberta perto da vila de Matarandiba, em Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, pode ter sido causada pelo antigo modelo de extração de sal-gema na década de 1980. Também teriam influenciado características tectônicas regionais, como pequenas fraturas e fissuras na região.

As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (1°) pela Down, mineradora responsável pela área, a partir da segunda etapa do estudo geomecânico feito pela empresa alemã IFG (Institute for Geomechanics) e concluída em maio deste ano.

Quando foi descoberta em junho de 2018, a cratera media 46 metros de profundidade, 69 metros de comprimento e 29 metros de largura. Ao longo dos anos, o buraco foi se alargando e atualmente mede 116 metros de comprimento, 43 metros de largura e 22 metros de profundidade.

Conforme o G1, pesquisadores informaram que as mudanças estavam previstas, características do fenômeno geológico. No entanto, não se sabe quando a situação vai se estabilizar. No estudo, a empresa alemã afirma que a vila de Matarandiba está segura, assim como a atual área de exploração de sal-gema da Dow e o acesso à ilha. Além disso, a formação de um novo sinkhole – fenômeno geológico conhecido como “vazio subterrâneo” – é remota nessas três áreas.

À época da descoberta do buraco, o Ministério Público Federal (MPF) na Bahia abriu um inquérito para apurar as causas da cratera. Uma perícia técnica apontou que a empresa havia adotado medidas de segurança para a comunidade afetada. 

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