O homem apontado por matar a corretora de imóveis Janaína Silva de Oliveira, em Salvador, no ano de 2017, segue solto quase dois anos após o crime. Ele responde ao crime em liberdade.
Nesta quinta-feira (27), uma audiência de instrução do caso foi realizada no Fórum Criminal de Salvador, localizado no bairro de Sussuarana, e contou com a presença de Aidilson Viana de Sousa, suspeito do crime.
De acordo com o advogado da família de Janaína, nesta audiência foi concluída a instrução processual, que termina com o interrogatório do réu. O processo transcorreu com normalidade. Não há detalhes sobre a data do julgamento, nem se o homem vai a júri popular.
Conforme familiares da vítima, Janaína tinha um relacionamento de cinco anos com Aidilson quando foi morta. Ela tinha 42 anos.
Janaína foi encontrada morta no dia 10 de novembro de 2017, dentro do apartamento onde morava com Aidilson, no bairro do Barbalho, na capital baiana. A vítima foi achada pela irmã e pela filha, na época com 27 anos (fruto de outro relacionamento).
O corpo dela tinha ferimentos de facadas e familiares da corretora atestam que foi o companheiro quem a matou.
“Ele não matou só minha mãe. Ele matou minha família inteira. Minha avó morreu chamando por minha mãe”, disse Priscila Gama, filha da vítima, após a audiência de instrução nesta quinta-feira.
Ainda no mês de novembro, Aidilson foi preso. Os 30 dias de prisão acabaram no dia 14 de dezembro de 2017, conforme informou o Ministério Público do Estado (MP-BA). O órgão estadual denunciou Aidilson, mas a Justiça indeferiu o pedido de prisão preventiva.
CASO
Os parentes de Janaína disseram que Aidilson agredia a corretora constantemente. Na época do crime, uma prima da vítima disse que o homem era extremamente ciumento. Relatou ainda que a prima revelou sofrer agressões verbais e físicas de Aidilson.
Uma foto divulgada pela família mostrou a mulher com o olho roxo após ter sofrido uma suposta agressão anterior ao assassinato. Segundo os familiares da corretora, o homem chegou a ser preso em 2015 por conta das agressões.
As marcas de violência, segundo os parentes, estão espalhadas por todo o apartamento onde a vítima vivia com o o suspeito. Na época do crime, a prima de Janaína,Tukka Moura, mostrou marcas de faca na porta, pois Aidilson tentou arrombar a porta para pegar Janaína dentro do imóvel.
Vizinhos contaram à polícia que, na véspera do dia em que Janaína foi encontrada morta, eles ouviram barulho de mais uma briga do casal.
A família contou que após ser golpeada, mesmo estando muito ferida, Janaína conseguiu se arrastar pelo apartamento e trancar a porta de casa, deixando o agressor do lado de fora. Mas ela não resistiu aos ferimentos.
Janaína foi enterrada no final da manhã do dia 12 de novembro de 2017, no Cemitério Campo Santo, no bairro da Federação. (G1/BA)