Os servidores do Poder Judiciário Federal na Bahia decidiram participar da paralisação nacional de 24 horas marcada para esta quinta-feira, 20 de março. A decisão foi tomada durante uma Assembleia Geral promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal da Bahia (Sindjufe-BA), que contou com a presença de mais de 100 servidores, sem votos contrários.

No dia da paralisação, um Ato Público será realizado às 11h, em frente ao Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5), localizado na Avenida Miguel Calmon, no bairro do Comércio, em Salvador.

A categoria afirma que a paralisação é uma resposta à falta de avanços nas negociações sobre o Plano de Carreira, que, segundo os servidores, está estagnado há um ano no Fórum Nacional de Carreira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, os servidores denunciam perdas salariais significativas, com 72% de perdas nos últimos 10 anos e 40% nos últimos quatro anos.

Apesar das dificuldades enfrentadas pela categoria, os Tribunais Superiores alegam falta de recursos. Em contrapartida, a imprensa destaca aumentos salariais frequentes para a magistratura.

Em nota, o Sindjufe-BA destacou que “os reajustes que aparecem como ‘farra orçamentária’ na mídia não chegam até nós. Não queremos privilégios, queremos apenas o que temos direito, que é a implementação do Plano de Carreira da categoria, reajuste imediato, o fim da precarização dos ambientes de trabalho, entre outras pautas.”

O sindicato também divulgou uma carta aberta.

Leia na íntegra:

“CARTA ABERTA AOS/ÀS USUÁRIOS/AS DAS JUSTIÇAS FEDERAIS NA BAHIA

Nós, trabalhadores e trabalhadoras do Poder Judiciário Federal na Bahia, estaremos em
paralisação durante todo o dia 20/03, nesta quinta. Este movimento é de caráter nacional e
visa chamar a atenção para questões urgentes que afetam diretamente a qualidade dos serviços prestados a vocês.

É importante que saibam: toda paralisação de servidores públicos tem como objetivo melhorar o serviço prestado à população. A narrativa de que “não há recursos” e a desqualificação dos servidores são estratégias para desviar o foco do problema real. Não se deixem enganar por isso.”