Em resposta ao pedido de vistas do vereador Uberdan Cardoso (PT) que nomeou o projeto de Lei n.º 059/2021 como “Projeto Escravidão”, que visa o funcionamento de estabelecimentos em domingos e alguns feriados a qualquer hora (reveja aqui); o presidente da Casa Legislativa, Francisco Damasceno, o Chico de Dega (DEM), falou não se trata de algo para escravizar, mas sim para gerar renda e emprego para Santo Antônio de Jesus.
“Clamo aos vereadores, que quando vier um projeto para a Casa, que cada um tenha seu ponto de vista e seu voto seja respeitado e respeite a imagem de cada cidadão. A constituição federal tem na CLT, que preserva o direito do trabalhador, se alguém está abusando ou fazendo de escravo, cabe todos, como edis fiscalizar. Precisamos quebrar barreiras para trazer emprego para nossa cidade. Pensar assim é miúdo. É preciso que as barreiras sejam quebradas e as empresas, indústrias e comercio possam dar emprego ao povo”, apontou.
O presidente criticou a ação do seu colega parlamentar, sobre os motivos dele não ter colocado o projeto em pauta antes, tendo em vista que o mesmo foi realizado em 2008, “quando fiquei sozinho aqui na oposição contra o prefeito, se gostasse de dinheiro, tinha o dinheiro dele que me ofereceu muito, mas não me curvei. Ninguém manda em mim, mas todos os vereadores têm o direito de votar no projeto que bem entenda, quem faz o julgamento de valor é o povo. Vejo muitos fazendo zoada. Essa lei era do governo do ex-prefeito Álvaro Bessa, ela foi mudada aqui na Câmara durante a gestão de Euvaldo Rosa (PSD), o que está retornando é a mesma lei. Passou-se 8 anos de Euvaldo, não vi ninguém sendo escravizado na cidade, mais 8 anos do ex-prefeito Humberto Leite (DEM), mais 4 anos de Rogério Andrade (PSD) e o projeto aqui engavetado porque não tiveram coragem de colocar em pauta. Sabe quando ele colocou em pauta? Quando o povo disse: ‘não lhe quero mais, pois, perdeu a eleição’. Aí vem para querer vingar no comércio de Santo Antônio de Jesus. Porque não colocou antes? O Japão, a China trabalha até a noite para dar renda e ir para o primeiro mundo, é preciso que aqui seja cobrado”, destacou.
Redação: Voz da Bahia