Os brasileiros não dispensam a tradição natalina e, neste ano, as famílias devem gastar, em média, R$ 250 com os preparativos da ceia, segundo estimativa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
A previsão de desembolso é maior do que a de 2018, quando o expectativa de gasto foi de R$ 42 a menos. Há dois anos, o esperado era que as famílias gastassem cerca de R$ 136.
Considerando o valor estimado para este ano, é possível fazer uma boa ceia de Natal, garante Selma Magnavita, presidente do Movimento de Donas de Casa e Consumidores da Bahia. Segundo ela, com R$ 250 dá para ter na mesa dois dos itens principais: frango tipo Chester e bacalhau.
“TUDO DEPENDE DA MARCA. SE FOR COMPRAR O BACALHAU DO PORTO, NÃO DÁ, MAS DO COMUM ESTÁ POR R$ 45 O QUILO. E AÍ DÁ PARA DRIBLAR A CARESTIA E COMPRAR O CHESTER”, indica.
Mas, antes de tudo, é preciso levar em consideração quantas pessoas vão participar da festa. Para Selma, um frango tipo Chester de 4 kg atende bem às necessidades de uma família de seis pessoas.
No mercado, a dona de casa viu o produto também por R$ 45. Somando o frango com o bacalhau, lá se vão R$ 90, mas ainda sobram R$ 160.
Para complementar o cardápio, ela sugere um vinho nacional ou chileno, que costumam ter bons preços e é possível encontrar a partir de R$ 15. A ceia pode conter, ainda, torta de frango desfiado, arroz com passas, uma boa salada e frutas da estação. Para arrematar, Selma sugere uma sobremesa simples e barata como uma musse de maracujá ou limão, que pode ser feita com até R$ 10.
“A criatividade de confeitar é que vai dar a nota”, conclui a dona de casa.
Entre os entrevistados da pesquisa, quatro em cada dez (42%) disseram que planejam fazer as comemorações em casa, enquanto 20% espera ir para a residência de parentes e 15% para a casa dos pais.
Ainda conforme o levantamento da CNDL/SPC, para não sobrecarregar ninguém, 30% dos brasileiros deverão dividir os gastos da festa levando um prato e outros 29% vão contribuir com um valor.
Só 12% dos entrevistados disseram que vão arcar com todas as despesas. Na pesquisa, foram ouvidas mais de 680 consumidores das 27 capitais do país.
(Correio)