O debate sobre o Estado laico é um dos mais notáveis na atual geração, onde valores comuns à maioria das pessoas, como a crença no bem e no mal, foram transportados para o embate político de forma muitas vezes pejorativa. Talvez por isso o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, se tornou alvo de um processo movido por um grupo de ateus, após ele incluir música cristã no Réveillon 2019.
A Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) pediu na Justiça a condenação da União e dos presidentes da República, do Senado e da Câmara dos Deputados por violação ao princípio do Estado laico com a viagem de autoridades para a canonização de Irmã Dulce no Vaticano. Na ação civil pública, protocolada na terça-feira (22) na Justiça Federal, a entidade reivindica que Jair Bolsonaro (PSL), Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) sejam obrigados a devolver aos cofres públicos a verba gasta com a autorização deles.