Últimas Notícias sobre periferia

Duas mulheres foram encontradas mortas em uma das ruas do bairro de Pirajá, região periférica de Salvador, na manhã desta quinta-feira (13). Até a publicação desta reportagem, ninguém havia sido preso pelos crimes.

Foto: Alberto Maraux/SSP-BA

Em uma tentativa de reduzir casos de violência policial, a ONG Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio lançou a campanha #falaquebrada, para incentivar moradores de bairros da periferia de São Paulo a denunciar abusos da Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Civil Metropolitana ou Fundação Casa.

Foto: Divulgação

Na pandemia, o coronavírus já infectou mais de 775 mil brasileiros, e o número de mortos no país passa dos 39 mil. Durante este período, a recomendação de entidades sanitárias e governos é que as pessoas fiquem em casa e mantenham isolamento social. Porém, para muitos, ficar em casa é um luxo.

Brasilândia, bairro periférico de São Paulo com o maior número de óbitos por coronavírus.AVELINO REGICIDA

Passado um mês da primeira morte notificada em decorrência do coronavírus, São Paulo mostra um mapa manchado pelo avanço da doença, com óbitos registrados em todas as regiões do município, em especial, nas periferias. De acordo com a Secretaria da Saúde Municipal, é longe do centro que estão os maiores números de óbitos suspeitos e confirmados da covid-19. Até este sábado, 18, das 686 mortes ocorridas na cidade, ao menos 51 foram no distrito de Brasilândia, na zona norte, e 48, no de Sapopemba, na zona sudeste, seguidos por São Mateus e Cidade Tiradentes, ambos na zona leste e com 36 óbitos respectivamente (veja o mapa abaixo). O Brasil inteiro registra ao menos 2.347 mortes neste sábado, com 36.599 casos confirmados da doença.

Manicure Leticia Machado, 31 anos, e com sete filhos, é fotografada em sua casa na favela do Turano, no Rio de Janeiro.SILVIA IZQUIERDO / AP

O coronavírus restaurou um senso de igualdade entre as pessoas ao salientar o que temos em comum: a fragilidade humana. De um ponto de vista abstrato, faz sentido. Materialmente, no entanto, o que se observa é que a covid-19 vem exacerbando desigualdades. Enquanto as vítimas de áreas abastadas surgem aos poucos e dispersas, por negligência à quarentena, nas periferias o povo se vê em uma guerra em que dois soldados de uma mesma equipe podem acabar morrendo dentro de um mesmo quarto.

Close